MÃE...

Dizem que hoje é dia das mães...

O comércio engatilhou esta data para venda de seus produtos, mas o intuito de quem criou foi homenagear a mãe e a maternidade que é o primeiro mundo em que habitamos (ventre materno)... A Igreja colocou o segundo domingo do mês de maio como dia da homenagem, pois ela também não poderia deixar de prestar este devido e merecido reconhecimento.

Falar da mãe é muito fácil e muito difícil, pois é dos sentimentos o mais fiel e puro, na sua maioria...

Parar para imaginar a beleza da maternidade é deveras viajar longe no pensamento... É ir até o sentido divino; pois a mãe compartilha com Deus a criação... Como Deus cria a mãe continua a criação... Gera, faz viver; do mundo espiritual faz humano o que era divino.

Deus somente se humanizou em Jesus pelo ventre de Maria e o ser que era pensamento de Deus tornou-se carne e habitou entre nós... Assim creio na verdade daquela música que diz: “Jesus, rosto divino do homem... Jesus, rosto humano de Deus” e Ele se fazendo homem nos divinizou... Assim a maternidade, de uma forma talvez alienada ou espiritualizada demais, faz do homem um pedaço de Deus na terra, já que a criação traz sempre consigo uma parte do criador.

Seria aludir ao pensamento de Pierre TeilhardChardin a dizer que somos parte de Deus e divinizamos tudo que existe.

Mas pensemos um pouco no ser mãe que traz em si a certeza da vida...

Hoje se diz que a geradora pode resolver se tira a geração de seu ventre por “n” motivos; mas não se pode esquecer-se da vida... É vida!!!

Existem mães que merecem toda honra (em sua maioria esmagadora); mas também existem aquelas que enxovalham este nome... Que destroem toda beleza da maternidade... Aquelas que deixam seus filhos distantes da verdade e da alegria... Ainda bem que são minoria!

Mas neste dia dito das mães (já que o dia delas é todo dia, ou deveria ser) quero deixar aqui meus mais sinceros protestos a todas as mães... Mãe que demonstra a beleza e a alegria de gerar vidas e ensinar a gente a ter e ser vida na vida de outros... Que ensinam tal e qual a saudosa Dona Amélia a viver a dignidade da maternidade. Que ensinam como Dona Deolinda (minha mãe) o valor do trabalho e da honestidade; que ensinam como as Mariotto, que não foram mães no ventre, a gerarem vida e ajudarem a tantos filhos, como a mim mesmo; tal e qual Dona Luzia o valor de amar a Deus e ser Dele tudo que se recebe... Ou Tantas mães por este mundo a fora que ajudam e dão show de vida e de renúncia na entrega.

Quero não me esquecer aqui das mães adotivas... Mães que escolhem seus filhos e os amam como se fossem tirados de suas entranhas... Mães idosas e abandonadas nos asilos ou clinicas por conta de seus filhos não conseguirem suprir suas carências ou necessidades... Mães doentes que não conseguem mais ser a fortaleza que sempre foram... Mães-avós que estragam seus netos no excesso de zelo e, lógico, também aquelas mães-avós que conseguem ser mais mães que as próprias... TODAS AS MÃES ENFIM.. Geradoras ou não.

FELIZ DIA DAS MÃES!!!


Com um beijo de Jesus, que quis ter mãe, pelos lábios de Maria, que nos foi dada por mãe na cruz e no abraço de José que amou Maria pra que fosse mais mãe:

Pe. Delair, fmdp